sábado, 25 de fevereiro de 2012

Xico Sa

Enquanto a inspiração de escrever não chega, vou me identificando com alguns escritores.
Cada dia que passa me apaixono mais e mais por Caio Fernando Abreu, quando acordo melancólica procuro em seus textos o que mais explica tudo que sinto. Ele tem o jeito dramático e sofredor de ver as dores. 
E eu, logico adoro um drama rs... todo bom drama me apaixona. Ler os textos de Caio me resultam em conforto. Como se eu conversasse horas e horas com uma amiga, ou em algo ainda melhor do que isso. Mas vou confessar que descobri a pouco um blogueiro da Folha de Sao Paulo.
Xico Sa, o seu bom-humor e ironia me encanta, talvez por que nesta exata fase da vida, esteja mais preocupada em ser feliz do que me apaixonar. 
Então deixarei postado um texto dele aqui hoje. Mulheres fica a dica!

[ ... Como ia dizendo, como elas pedem gostoso.
Como elas são boas nisso.
Resistir, quem há de?
Um simples “posso pegar essa cadeira, moço?” vira um épico, noooosa!
É o jeito de pedir, o ritmo safado da interrogação, a certeza de um “sim” estampado na covinha do sorriso.
Quantos segredos se escondem na covinha de uma mulher.
Pede que eu dou.
Pede todas as jóias da Tiffany´s, minha bonequinha de luxo!
Estou pedindo: pede!
Eu imploro, eu lhe peço todos os seus pedidos mais difíceis.
Pede todos os vestidos originais de Yves Saint Laurent. Todas as bolsas caras e metidas da Chanel ou Louis Vuitton? Pede que eu compro nem que seja uma pirata no camelô.
Não me pede nada simples, faz favor.
Já que vai pedir, que peça alto. Você merece.
Como é lindo uma mulher pedindo o impossível, o que não está ao alcance, o que não está dentro das nossas posses.
Podemos não ter onde cair morto, mas damos um jeito, um truque, um cheque sem fundos.
Até aqueles pedidos silenciosos, quando amarra a fitinha do Senhor do Bonfim no braço, são lindamente barulhentos.
Homem que é homem vira o gênio da lâmpada diante de uma mulher que pede o impossível.
Ah, quero o batom vermelho dos teus pedidos mais obscenos. É Wando que se recebe.
Quero o gloss renovado de todas as vezes que me pede para fazer um pedido, assim, quase sussurrando no ouvido: “Amor, posso te pedir uma coisa? Posso mesmo?”
Um castelo na Inglaterra?
Sim, eu dou na hora.
Que o Corinthians seja campeão da Libertadores?
Sim, eu opero o milagre.
Como no pára-choque, o que você pede chorando que não faço sorrindo?!
Um papel de estrela no novo filme de Almodóvar?
Deixa comigo que já tomo um drinque com ele e adiós.
Pede, benzinho, pede tudo.
Que eu largue a boemia, pare de beber e me regenere?
Pede, minha amada, que o amor tudo pode, por você cumpro as promessas de todos sambas de regenerados.
Que eu suba na pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, e declame os mais lindos poemas de amor verdadeiro?
Só se for agora, estou indo.
Os melhores cremes da Lancôme? Vou a Paris agora, nem que seja a nado.
Eu lhe peço, me pede.
Não pede mimos baratos… Pede ATENÇÃO, por exemplo, a mercadoria fora de catálogo e a mais cara do mundo no momento... ]


=]

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

09:09 a.m





Eu queria te contar que agora não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso. Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você. Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez. Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias… Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda…e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas ainda sim, não dói. Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim. Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.




( Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Este é o ano de...

Um dia eu pedi pra Deus que ele me ajudasse a repor na minha vida tudo aquilo que era importante, pelas quais de alguma forma abrir mão.
 A primeira sensação que eu ti foi medo! 
Mas não era medo de ter as coisas de volta, era medo do que eu estava me tornando. 
Fugindo de cada raiz, cada genética que carrego e da minha própria essência.
A segunda sensação foi a força de vontade de correr atras de tudo outra vez.
Faço dessa a minha promessa de não desistir.
Repor tudo que me foi perdido.
Fiz minhas pazes com o tempo.
A palavra deste ano foi definida: PERSISTIR!